Sou forte de mais para algo tão pequeno me derrubar. Mas quero escrever a eterna melodia do meu vazio, numa incompreensão, de meus belos sonhos só resta pedaços de vidros cravados no meu peito, mal sabem as estrelas desta amargura angustiante que habita o meu ser, sabendo que não sei o que é real ou irreal nesta dor que me alimenta os sentimentos, só me resta a ausência deste nada, a sinceridade corrompeu-me a felicidade. O frio da noite leva-me a divagar num sopro de vida que me resta, o meu corpo foi esmagado por tua noticia, num pesado medo destrutivo que me consome, me dói, me inferniza, me destrói.
PRECISO de ti meu sonho de volta, como um eterno vagabundo no mundo da ilusão. Mas quem sou eu, sem meus sonhos de menino?
É na tortura das ondas sonolentas que viverei uma vida à soleira da solidão. Contigo ao meu lado não serei poeta, Já mais sonharei belos sonhos de poeta incrédulo ao luar, nem tocarei o sol com as minhas mãos de poeta, já mais irei voar nas nuvens dos sonhos na busca da felicidade prometida. O medo e o desespero são a encruzilhada da minha solidão, ao ver imagens no negrume do espelho da minha alma sentindo a ilusão me sufocando, afogando-me no vazio de dizeres que era irreal. hoje estou a sentir o desalento e o desânimo do vazio da madrugada, sinto a ausência dos meus sonhos me matando em cada segredo longínquo da minha saudade, ninguém consegue pronunciar estas sílabas fragmentadas, estas ondas melancólicas que se despedaçaram entre as rochas das minhas súplicas, continuo sentindo o silêncio da noite caminhando e me perdendo a cada segundo. Sei que estou enlouquecendo entre sombras e fatalidades, continuo morrendo nesta página vazia onde nunca me irei encontrar, não tenho mais forças, sinto que o ultimo sopro de vida que me restava esvaziou-se, estou morto nesta euforia sem destino. Serei dominado por está ilusão indigna? Será este o meu futuro? Neste espaço mágico da melodia dos meus acordes harmoniosos, que arquitectara um futuro promissor em todas as travessias imaginárias onde irei caminhar, no desespero destas luzes de cidade perdida, apenas eu, sobre uma linha mágica das minhas mãos de poeta numa arte de silencio.
Em mim que espreita a sensação da morte, embebedo-me nesta tempestade do embalar das asas dos pássaros defuntos. Os meus sonhos são sonhos de poeta, são sonhos de amor, sonhos de paixão e loucuras, são sonhos que me consomem, que me alimentam. Rebusco as raízes da pureza do meu sorriso amargo, meus dias se tornaram num cruzeiro de tristezas e de angústias torpes, deixo no horizonte deste poema, toda a fraqueza deste vencido , exteriorizo nestas minhas mãos de poeta o negrume da vida e a claridade do desespero. Ouço os meus medos cantando nos ardores das minhas lágrimas, sinto como é difícil caminhar nesta penosa estrada.
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