18/05/2010

O REFUGIO onde dorme o descanso e habita um lugar magico, onde vagueiam solitarios momentos em que o prazer preenche todos os 5 sentidos! Num silencio dos inocentes



Gosto de chegar a casa e descalçar os sapatos e tirar a roupa, ligar a aparelhagem ou a televisão num qualquer canal de música clássica. Depois aterro o corpo no meu espaço que é talhado de mim para mim, saboreando cada rasgo de luz que ainda entra pelas janelas, cada som que vem das paredes, do tecto ou do chão, cheiro o resto das manhãs que ficaram ali abandonados.
É o meu espaço, onde me sinto capaz de voar sem de lá sair. O vazio da calma e da tranquilidade a sensação de um refúgio que se quer secreto, num silêncio dos inocentes. É onde me sinto capaz de ficar dias sem espreitar a vila, é aquele canto onde me lembro do colo e onde revivo em cada minuto de tudo o que há de bom para deixar, por isso chamo a esse espaço de meu, mesmo que seja um infinito qualquer sem morada ou coordenadas GPS. Esse lugar mora em mim e arrasta-se comigo em cada gesto do que não faço, fronteira do tudo e do nada, em que nos questionamos, qual a nuvem que queremos, brincando com os pormenores como um jogo de adivinhas. Um espaço reestruturado a medida do prazer, genuíno, singular e cativante, onde se sente o toque de uma simplicidade que conquista o degustar, enquanto se procura a linha de um horizonte infinito. O que faz um oásis ser o que é? A imensidão de um chão e de um céu?
 Um fragmento que se quer único, perfeito, esse lugar existe e é o meu espaço, o meu quarto, é o meu mundo. Feito de conforto e magia onde podemos desaguar tudo o quanto nos atormenta, com momentos de pausa que acolhem os desejos mais escondidos, aqueles que são só nossos, a janela aberta ao infinito é a lufada de sol que gostamos de desafiar. Fica lá no fim de quase tudo, cheio de quase nada do que possa desviar o sopro da perfeição, e é assim o meu espaço perdido no tempo. Dobra-se e redobra-se, corta-se e recorta-se, assim é a brincadeira entre a terra e o céu, lembra esquecido daquele que apenas as imagens satélite nos podem revelar, numa viagem ao nosso interior onde cada canto faz parte desse circuito que é a imensidão dos nossos sonhos. Diluem-se as noites em mistério, as estrelas estão lá para nos avisar que o caminho é o que quisermos que seja, onde traçamos trilhos do desconhecido a bordo de uma canoa que paira num mar de incertezas. Descobrimos a grandeza da pequenez do que somos, e, depois vem a vontade de espreguiçar sentimentos perdidos neste espaço com atmosfera étnica, é uma verdadeira pista de aterragem ao prazer. Espaço protegido com uma espécie de véu daqueles que tapam e mostram, desnuda o que apenas o imaginário vê quando os olhos fecham, num convite à janela do infinito numa cesta cheia de sabores. «Sentir tudo de todas as maneiras. Viver tudo de todos os lados. Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo. Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos. Num só momento difuso, profuso, complexo e longínquo.» a poesia é de Pessoa mas traduz o meu espaço, como alma de viajante num espírito de contador de histórias de monstros e ratinhos do musgo, num recordar de passagens por outras vidas, a memoria de ter sido Profeta, herói, guerreiro, ou monge um tudo que se sente em momentos, um nada que se descobre, inexplicavelmente em encontros a dois e a sós na cor de uma magia! Ligado a feitiçaria e à poderes mágicos, de onde se observa imóvel o que acontece em todas as direcções, disfarçando-se no meio em que o envolve, porque tudo a sua volta se pinta de cor e tem forma de fantasia num momento único, gravado na essência e na memória desta vida como um salto para o infinito que nos inspira a calma. Inquieta o vazio sempre cheio de nada como uma pincelada num quadro sem limites para sonhar, onde apetece saltar sem sair do lugar, para aterrar em lugar nenhum permanecendo à espera de um sopro qualquer que nos faça levitar, tal qual o olhar de Mona lisa de qualquer lado observada ela olha para nós. Numa inexistência do certo, o fascínio de poder fazer do tempo o que nos apetecer, em doses de cinco sentidos. Quem nunca se imaginou num retiro de tempo? A clausura de nós mesmos num casulo feito de tudo e de nada, com um caminho de perfume! São o convite para o ócio, daquele ócio que nos leva sempre para mais longe e o que nos faz ver o que até ai não vimos numa fotografia que a alma tira, num mergulho de um oceano de perfeição.

03/05/2010

É tanta dor que até a luz se apagou! Agora me permite morrer nas tuas mentiras...É o ponto final depois da lágrima.

11:38 horas
Então é o fim? Ficamos lado a lado, em lados opostos, rostos virados! Meu mergulho ao esquecimento, penso no último momento como eu queria ser mais forte. Segundos a teu lado, valeu e valerá para uma vida inteira! E  hoje eu já não sei como é estar sem a primordial e derradeira presença que me faz continuar sem nunca desistir, somente lutar. Pela pessoa tão-só verdadeira que faz tudo ao redor ter mais encanto, e quem eu amo tanto, tanto, tanto que entreguei a vida a essa menina. Amiga, irmã, confidente, tudo. Então eu digo neste instante mudo. O clemens, pia, dulciso! Já me trancaste a tua porta, não me feches a tua janela! Não há mais coração em meu peito porque nele está o espaço para te aninhar em meu colo. Só que meu céu está no chão, meus pés estão sem chão. É isso! E meu coração, na tua mão. Caiu? Partiu-se?  Sim na escadaria que subi de joelhos, em penitência, na busca da redenção do teu abraço. Tu és o meu norte, minha sorte, me fizeste perder o medo da morte. És meu jardim, meu oceano sem fim, meu céu estrelado espelhado nos olhos e no sorriso. Tudo de que preciso. És o meu lugar, é onde quero estar.
 O livro se fecha, flores murchas, olhos vazios, coração frio, silêncio de não me conseguir ouvir. 
Queria escrever algo que estivesse à altura ou à baixeza dos acontecimentos, mas foi-se o tempo em que eu ia até as extremidades: hoje me equilibro, a contragosto, na linha que divide o sim e o não.
Sofrer em praça pública nunca foi do meu feitio. Mas acontece, em ruas mal iluminadas, no corpo barbaramente retalhado, em exageros, desterros, desesperos. De noites que não se encerram, de afetos cristalizados sem desesperos, idéias sensatas até. De náuseas, agressões, escuridão, e mentira, tão-somente mentiras. Da insistência, da desistência, de uma coisa nem outra, ou tudo junto, não faz diferença. Mas o ódio persiste. O sol é frio, o suor é frio, o olhar é frio. O estômago infectado revira cheio de vermes, a fúria mais antiga escapa feito lágrima ácida dos olhos infernais de tanta mágoa. Que o céu desabe, que o chão se abra. 
As árvores já morreram, a cidade é só ruína de corações de pedra e poeira, acordo de madrugada, ainda nem eram quatro horas, perdi a memória das cores,  perdida no meio do caminho da tua partida! Não adianta fechar as portas, não adianta apagar a luz. Já estou preso a ela, parece já estar dentro de mim. Sou seu eterno prisioneiro, e a angústia me consome. Tira-me todas as forças, me consome a existência. A espera é interminável, morro só de imaginar. Aqui não existe paz, aqui não existe perdão. Não há tempo para o amor, não há tempo para ninguém. Ausência de esperança, desespero, nenhum sentido ou sentimento num raio de existências perfiladas. Miríade dos olhares que acusam e recusam, mentiras e teorias, culpas e desculpas enganos ridículos e grandes perversidades. Sobretudo medo. Pesar. Já sei de tudo. Não quero conhecer mais ninguém. Já vivi muitas verdades. Agora me permite morrer nas tuas mentiras.
O tempo já se extinguiu, o perdão envelheceu. Nada resta além desta chuva que cai em desespero. A todos que amei e fingi amar, peço desculpa. 
Enganei a todos por tanto tempo que até eu devo ter acreditado. É a essência da mentira, não? Acreditar na mitomania. Apaixonei-me de mentira, fiz apaixonarem-se por mim de verdade. Enganei pessoas escrevendo, trabalhando, vivendo como filho, irmão, namorado, amigo. Fui uma farsa constante.
 Um embuste elevado a estado de arte. O que eu deveria fazer? Quem eu deveria ser? Limpo o suor nas vestes e espero o veredito que já sei qual é: culpado! Mereço. Só me resta a morte. A todos que enganei, peguem as pedras e me dilapidem, por favor!  Só não à nenhum Messias, para me salva nem haverá pois partis-te faz tempo, houve em tempos.
 Que venham as rochas que serão meu merecido túmulo sem piedade ou redenção. Crucificar. Sem túmulo vazio. Quem viver sangrará. O resto, que reste, que não preste. Não quero mais saber de tuas culpas e desculpas, infantilidades tão adultas que me deixam a ver navios que jamais saíram do cais arruinado, que jazem no fundo dos rios de água salgada que verte dos meus olhares. 




Quis dividir,
Mas não soube dosar
Peso demais
Pra um só carregar
Faça o que quer
Depois saiba lidar
Isso é crescer
São contas a pagar

( música PRA ONDE IR da Pitty)



......................escrevendo no papel de idiota no qual foi limpo o sangue sujo........................
03.00 horas final

Acerca de mim

Tenho 21 anos......mas sei que por vezes ainda sou uma criança...não sou criança em tamanho...não sou criança fisicamente...mas por vezes sei que sou criança...nas discussões imaturas...nos pensamentos imaturos...!Quem não é criança?Todos...novos, velhos...têm uma criança dentro de si...... quando faço birras...é a criançinha em que me torno que o faz!Quando alguém me prega uma partida...é a ingenuidade e a inocência que existe dentro de mim...Sei que dentro de mim...existe o lado bom...simbolizado pela criança...e o lado menos bom...que sou eu mesmo em fase adulta...!O ciúme por ex. se não há motivos...por que é que o cérebro teima em brincar com o coração?A falta de sensibilidade em certas ocasiões...a falta de paciência...a arrogãncia...nada disto existe numa criança...apenas quando atinge a fase adulta... Falar sobre nós mesmo é sempre difícil...sou uma pessoa com qualidades e defeitos como qualquer outro(quem me conhece pode falar melhor)... Bem, mas fazendo um exercício especulativo, diria que o Micael é basicamente um homem de forte carácter, de princípios e valores bem definidos, um homem de fé, altruísta, amigo do seu amigo que alguns dizem ser o melhor amigo que alguém pode desejar ter! Com uma personalidade forte, determinado a conseguir sempre o que quer, mesmo que ninguém acredite nele quando o Mundo parece estar ao contrário ... é capaz de conseguir o que os outros consideram ser o "impossível", se achar que é esse o caminho que deve seguir... Honesto, corajoso, íntegro, intenso, magnético, profundo, perspicaz e intuitivo, enigmático, fiel até que a morte os separe, persistente, metódico e pragmático, mas capaz de provocar um certo mistério a seu respeito... É indiscutívelmente um sonhador e romântico incurável... bem disposto, divertido , e que "arranja" tempo para tudo o que gosta! :)

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Tenho 21 anos......mas sei que por vezes ainda sou uma criança...não sou criança em tamanho...não sou criança fisicamente...mas por vezes sei que sou criança...nas discussões imaturas...nos pensamentos imaturos...!Quem não é criança?Todos...novos, velhos...têm uma criança dentro de si...... quando faço birras...é a criançinha em que me torno que o faz!Quando alguém me prega uma partida...é a ingenuidade e a inocência que existe dentro de mim...Sei que dentro de mim...existe o lado bom...simbolizado pela criança...e o lado menos bom...que sou eu mesmo em fase adulta...!O ciúme por ex. se não há motivos...por que é que o cérebro teima em brincar com o coração?A falta de sensibilidade em certas ocasiões...a falta de paciência...a arrogãncia...nada disto existe numa criança...apenas quando atinge a fase adulta... Falar sobre nós mesmo é sempre difícil...sou uma pessoa com qualidades e defeitos como qualquer outro(quem me conhece pode falar melhor)...
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